quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Contato com as leitoras (tem alguém aí?)

Meninas, como disse nos últimos dois posts, tenho revivido muitos momentos meus como au pair e pode ser que eu escreva mais aqui sobre as coisas que aprendi/vivi.

Se vocês tiverem interessadas em algum tema ou tiverem alguma dúvida que eu possa ajudar, deixe um comentário, mas também me mande um e-mail: thaisrtv@yahoo.com.br pra eu não deixar de responder. Devo escrever sobre os assuntos que penso interessar às novas au pairs.



As outras Au Pairs.

Este post é a segunda parte do post que escrevi abaixo. E faz parte da motivação de escrever aqui novamente.

Como é a relação com as outras au pairs da sua host family?

Bom, eu fui a primeira au pair da minha family então não posso falar muito sobre as que vieram antes (pq não teve). Nem posso dizer também pelo que acompanhei com as minhas amigas, pois (como tudo) cada caso é um caso. Tem family que chama a au pair nova quando a antiga ainda está, para passar o serviço. Isso normalmente ajuda na relação delas depois. Tem au pairs que não se encontram. Enfim, vai depender muito da cabeça das meninas, da nova e da antiga.

Uma coisa eu aprendi: criança não divide o amor, ela soma. E ela pode sim amar profundamente várias au pairs, nannys, teachers etc.

Uma semana antes de eu ir embora a Nanda chegou na casa. Como já escrevi aqui, com a chegada da Nanda, eu pude ver o quanto é assustador chegar. Como tudo assusta! Aquelas kids que vc tanto ama e já conhece muito bem, são aterrorizantes para quem chega. Foi um ótimo sentimento poder ajudar a Nanda no começo. Mostrar para ela como as coisas funcionavam e sentir que ela estaria segura o suficiente para cuidar dos meus amores, que virariam dela também. Achei que ficaria com ciúmes, mas sinceramente não senti e torci de verdade para que o ano dela fosse incrível. O que acompanhei (e ela me manteve sempre informada) foi um ano muito importante para todos eles.

Bom, a Nanda ficou um ano e veio a Chris. Outra brasileira. E meu medo veio junto, pois a Nanda eu conheci pessoalmente, mas a Chris não me conhecia (e pior, ela achou meu blog, me escreveu e eu só vi tempos depois, deixando ela no vácuo... sorryyyyy). O lado incrível disso tudo foi que a Chris também se mostrou uma pessoa maravilhosa e generosa. Mesmo sem me conhecer pessoalmente, ela me manteve super em contato com as kids, mandava videos, contava sua rotina, tirava dúvidas, mandava fotos... ela nem imagina o bem danado que me fez. Talvez venha a saber quando a au pair n° 4 chegar. Quando eu conheci a Chris pessoalmente, visitando as kids, parecia que já éramos amigas há muito tempo. E ela se mostrou a mesma pessoa generosa que eu conhecia virtualmente. E tudo correu muito bem.

E mais, ela está terminando o seu segundo ano, sim, ela ficou dois anos. E está vindo embora. E isso me motivou a falar sobre a vida de au pair, sem ser mais uma au pair. Falar sobre o fim.

Assim como me vi na Nanda, acompanhando a sua chegada nos Estados Unidos, comecei a me ver na Chris acompanhando a sua volta pra casa. As emoções são as mesmas e é muito louco ver outra pessoa sentindo exatamente o que você sentiu, até porque você não conseguia explicar para ninguém. Ver a tristeza dela se despedindo das kids, me lembra a minha tristeza também. E digo, é uma dor/saudade que não passa, você só se acostuma. Vejo o medo dela do futuro incerto, que era o meu. E também digo, as coisas se acertam por si só e os nossos caminhos se abrem na nossa frente. E a ansiedade dela em rever o País, a família, os amigos. E sim, é uma alegria sem fim. Cada um lida de um jeito com os sentimentos, mas ver ela lidando com os dela, me fez lembrar dos meus. E me fez ser muito agradecida por tudo que vivi, aprendi, sofri e lutei. E valeu TANTO a pena. TANTO que eu nunca conseguiria explicar. quando entrei no programa, me disseram que seria "o ano da minha vida". Sempre achei exagero. Mas hoje digo que sim, foi o ano que dividiu minha vida, que definiu minha personalidade e que mudou tudo que eu sabia sobre mim. E assim tem sido para todas.

Espero que a nova au pair seja tão incrível quanto as meninas que vieram depois de mim. Assim podemos sempre ter esse grupo de pessoas de bem, que querem o bem das mesmas pessoas e fazem parte de uma mesma família.

Visitando a Host Family

VOLTEI! Por um post pelo menos...

Minha vida de au pair veio toda na minha cabeça neste ano e vou explicar para vocês (em dois posts). Decidi que iria visitar a host Family nas férias. Então durante o ano todo eu fui vivendo as angústias de novo. Foi quase um novo match.

Durante todo este tempo pós-US eu mantive contato com as kids através de cartões de aniversários e de natal (nunca falhei com nenhuma das kids) e através de poucos e-mails trocados com minha host mom. Confesso que poderia ter feito muito mais. Confesso que mantive MUITO menos contato com eles do que eu prometi quando os deixei (e que prometi a mim mesmo). Mas aí me vêm as palavras da host-vó “a sua vida vai seguir e isso aqui vai ficar para trás, não porque você quer, mas porque a vida é assim”. E é verdade. Por mais insensível que isso pareça. Foi o que aconteceu. Pensava neles TODOS os dias (ainda penso, tenho foto deles na minha mesa do trabalho). Chorei por muito tempo, hoje só às vezes. E senti falta deles todos os segundos destes três anos. Porém, meu contato foi pouco... porque a vida foi assim.

Como tudo neste blog é pessoal, assim foi comigo. Algumas au pairs falam direto com a host Family por Skype, mas asseguro que a maioria faz como eu. E algumas nem contato tem.

O que foi determinante para o acompanhamento da vida deles,e que agradeço MUITO, foi a minha relação com as duas au pairs que entraram depois de mim: Nanda e Chris. Duas brasileiras generosas que cuidaram das “nossas” kids e aceitaram dividir a experiência delas comigo.

Portanto assim foram três anos, muito mais notícias deles para mim do que minha para eles e muita saudade. Neste ano, após as passagens compradas, fiquei ansiosa para ir logo, temerosa pensando que eles poderiam ter me esquecido e curiosa para saber como tudo estava. O meu pensamento era: ia matar a minha saudade, sem esperar nada em troca.

O grande dia chegou em 2 de Novembro. Era domingo e passei o dia revendo a cidade com a Chris, que tinha ido me buscar. Enrolei para ir para a casa, pois não queria enfrentar a possível rejeição ou presenciar o esquecimento deles sobre mim. E rever a cidade, as ruas, os lugares já estava sendo emocionante/esquisito demais. Quando cheguei estavam lá meu host e meus meninos. Quanto amor! Quanta saudade! Em poucos minutos eu virei a Tata e eles viraram minha rotina de novo. Mais tarde ela chegou, a menininha que peguei bebê, devolvi pequena e hoje já estava uma criança falante e quase independente. Óbvio que ela não lembraria de mim, mas acredito que o amor cria laços que ninguém explica e foi necessário pouco tempo para eu reconquistá-la.  A festa foi completa e passei dois dias brincando com eles, dois dias sendo au pair de novo, dois dias que pareciam os 18 meses que passei lá. Acompanhada pela Chris, fui (re)vivendo tudo aquilo de novo. O amor não morre fácil e tenho certeza que minha história lá não foi esquecida.


Saí de lá prometendo a mim mesma, fazer mais contato, ficar mais presente, mas a vida continua como deve ser e talvez meus contatos sigam os mesmos de antes. Só que desta vez sei que foram suficientes, já que o amor é grande. E que a vida siga assim.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

the end

Oi gente,

Pois eh o meu programa acabou dia 18 de dezembro, mas com a confusao que foi nem consegui vir aqui dar um sinal. Mesmo ja nao sendo mais uma au pair achei que deveria vir aqui dar uma satisfacao a voces que continuaram me acompanhando, mesmo com tao poucas atualizacoes.

A volta pra casa foi tranquila. Eh muuuuuuuuito triste dar tchau pras kids, na verdade uma mistura de sentimentos, porque no final, voce ja esta ansiosa pra voltar, ver sua familia de novo, mas deixar aquelas criancas que mudaram sua vida eh muito complicado.

Em casa fizemos uma celebracao de niver pra minha host e dei os presentes de natal pra eles. Foi sucesso, e minha host se emocionou um pouquinho. No dia da volta pra casa todos foram me levar no aeroporto. A Rachel (2) que ja vinha sentindo que algo estava pra acontecer estava colada em mim, como sempre. O Charlie (6) foi praticamente no meu colo o tempo todo. O Vincent (9) ficou com aquela carinha de triste, puxando assunto pra disfarcar. Ai que saudade deles. A unica coisa que eles me disseram foi "voce vai vir visitar a gente, ne?" Ai....

Bom, a volta eh engracada, quando voce chega no aeroporto fica falando ingles com as pessoas, totalmente sem querer, a sensacao que tive eh de que estava em um filme dublado kkkk. Tudo eh diferente, pequeno, mas nao num sentindo ruim,mas eh muito engracado. Fora que estar com os meus pais foi o maximo!!!

A vida continua a mesma por aqui por isso quem estiver indo ser au pair, va com seguranca que quando voltar, as coisas serao praticamente as mesmas. Ah e leve pouca coisa, pouca mesmo, porque voce compra tudo la e na volta vai me agradecer por ter dito isso.

Quando lembrar de alguma dica eu volto a escrever aqui, mas obrigada por me seguirem aqui, espero que de alguma forma esse blog tenha ajudado alguem a se decidir sobre ser ou nao uma au pair. Porque eu posso dizer, vale MUITO a pena.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

I did it!

Eu consegui.


Rezei tanto e gracas a Deus, fui atendida (como sempre).

Eu cuidei de tres criancas durante um ano e meio e com muito amor as mantive seguras e felizes.

Missao cumprida!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

fechando o ciclo

A Fernanda, nova au pair daqui de casa, ja chegou.

ela me fez lembrar de como o comeco eh dificil e assustador. Tudo assusta. Cuidar das criancas assusta, a comida assusta, pegar o carro assusta. Tudo eh dificl mesmo, novo. Eh normal. O bom eh que passa e a gente acaba se adaptando. Ai entra a fase que estou vivendo: a "desadaptacao".

Pois eh, malas prontas, aos poucos estou me despedindo do que virou a minha rotina. Dos lugares que acostumei a frequentar, da academia que salvou minha vida, das pessoas do cotidiano, das amigas que viraram familia e da minha host family, que virou family tambem. E das kids. Como eh dificil pensar em deixa-las. As mesmas que um dia voce esta cansada delas, as que voce precisa de distancia quando esta off, aquelas que voce torce pra nao ter que brincar, elas mesmas. Impossivel nao sofrer ao pensar em deixa-las. Elas se transformam parte da sua vida. Coisas da vida, coisas da vida de au pair.

Como andei muito relapsa nesse blog, nos proximos posts vou tentar escrever as coisas que aprendi durante esses 18 meses e espero que possa ajudar alguem de alguma forma.

Principal licao: vale a pena!!!

domingo, 11 de dezembro de 2011

rrrrr

escrevi um post gigante e sei la que aconteceu que nao salvou e perdi tudo.


que raiva.

amanha escrevo mais.