quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Visitando a Host Family

VOLTEI! Por um post pelo menos...

Minha vida de au pair veio toda na minha cabeça neste ano e vou explicar para vocês (em dois posts). Decidi que iria visitar a host Family nas férias. Então durante o ano todo eu fui vivendo as angústias de novo. Foi quase um novo match.

Durante todo este tempo pós-US eu mantive contato com as kids através de cartões de aniversários e de natal (nunca falhei com nenhuma das kids) e através de poucos e-mails trocados com minha host mom. Confesso que poderia ter feito muito mais. Confesso que mantive MUITO menos contato com eles do que eu prometi quando os deixei (e que prometi a mim mesmo). Mas aí me vêm as palavras da host-vó “a sua vida vai seguir e isso aqui vai ficar para trás, não porque você quer, mas porque a vida é assim”. E é verdade. Por mais insensível que isso pareça. Foi o que aconteceu. Pensava neles TODOS os dias (ainda penso, tenho foto deles na minha mesa do trabalho). Chorei por muito tempo, hoje só às vezes. E senti falta deles todos os segundos destes três anos. Porém, meu contato foi pouco... porque a vida foi assim.

Como tudo neste blog é pessoal, assim foi comigo. Algumas au pairs falam direto com a host Family por Skype, mas asseguro que a maioria faz como eu. E algumas nem contato tem.

O que foi determinante para o acompanhamento da vida deles,e que agradeço MUITO, foi a minha relação com as duas au pairs que entraram depois de mim: Nanda e Chris. Duas brasileiras generosas que cuidaram das “nossas” kids e aceitaram dividir a experiência delas comigo.

Portanto assim foram três anos, muito mais notícias deles para mim do que minha para eles e muita saudade. Neste ano, após as passagens compradas, fiquei ansiosa para ir logo, temerosa pensando que eles poderiam ter me esquecido e curiosa para saber como tudo estava. O meu pensamento era: ia matar a minha saudade, sem esperar nada em troca.

O grande dia chegou em 2 de Novembro. Era domingo e passei o dia revendo a cidade com a Chris, que tinha ido me buscar. Enrolei para ir para a casa, pois não queria enfrentar a possível rejeição ou presenciar o esquecimento deles sobre mim. E rever a cidade, as ruas, os lugares já estava sendo emocionante/esquisito demais. Quando cheguei estavam lá meu host e meus meninos. Quanto amor! Quanta saudade! Em poucos minutos eu virei a Tata e eles viraram minha rotina de novo. Mais tarde ela chegou, a menininha que peguei bebê, devolvi pequena e hoje já estava uma criança falante e quase independente. Óbvio que ela não lembraria de mim, mas acredito que o amor cria laços que ninguém explica e foi necessário pouco tempo para eu reconquistá-la.  A festa foi completa e passei dois dias brincando com eles, dois dias sendo au pair de novo, dois dias que pareciam os 18 meses que passei lá. Acompanhada pela Chris, fui (re)vivendo tudo aquilo de novo. O amor não morre fácil e tenho certeza que minha história lá não foi esquecida.


Saí de lá prometendo a mim mesma, fazer mais contato, ficar mais presente, mas a vida continua como deve ser e talvez meus contatos sigam os mesmos de antes. Só que desta vez sei que foram suficientes, já que o amor é grande. E que a vida siga assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário